Interessante notar como influenciamos os outros e como somos influenciados a todo momento. Em uma dessas, há cerca de dois anos e totalmente sem querer (lendo uma revista adolescente feminina) conheci o blog Viver de Renda. As horas que passei lendo os posts, os planos, comentários foram totalmente em encontro com aquilo que sempre planejei pra minha vida e nunca consegui articular tão bem pra mim mesmo e para os que me cercam. Uma outra forma de viver é possível, menos status, menos ostentação, mais tempo para curtir a vida (e o que você quiser fazer dela). Montei meu blog, abri meu patrimônio para quem quisesse ver. Vi uma multiplicação de blogs, de mais gente almejando a independência financeira, mas continuava seguindo muito atento o VR, até o momento em que ele parou de fazer as atualizações mensais. Tive a ideia de fazer essa entrevista nesse momento, passei a sentir falta das opiniões, dos pitacos, dos artigos, dos planos futuros...
Espero que gostem!
1) Com 1 milhão na mão acredito que temos tendência a ser mais desafiadores e a reduzir a quantidade de sapos que engolimos por dia. Como está no trabalho, você se vê mais solto e propenso a dizer algumas verdades?
Felizmente meu ambiente de trabalho é muito bom, apesar de estressante. Não tenho qualquer problema e me dou muito bem com todos, portanto não imagino meu comportamento sendo modificado pelo valor do meu portfólio.
2) Atualize-nos sobre seu plano. Você se vê vivendo de renda? Mantém o prazo de novembro de 2025? Mantém o montante de R$3.112.500? Como pretende ocupar as 16 horas do dia caso realmente decida viver de renda?
Com certeza, me vejo sim! O meu prazo limite é em novembro de 2025, mas estou trabalhando para parar antes disso! 3 milhões já proporcionam R$10.000,00 de renda passiva com tranquilidade, que é um valor que hoje me atenderia muito bem. Quando chegar nesse valor vou balancear se aumento ainda mais minha renda passiva ou se de fato vou viver de renda. Não pretendo fazer nada demais vivendo de renda: acordar tarde, comer bem, malhar, jogar no PC, viajar, etc. Para mim, tempo + paz + saúde = sucesso.
3) Você influenciou muita gente (a começar por este que o escreve), todos os blogs que surgiram sobre independência financeira e que divulgam os valores da carteira são filhos desse seu sonho. Cara, sentimos muita falta dos seus posts de atualização, dos comentários sobre os fechamentos do mês. O que podemos esperar do blog é o formato que temos hoje?
Como o blog não possui motivação financeira, ele acaba sendo um espelho da minha própria motivação sobre finanças e investimentos e a vontade de escrever artigos sobre o tema. Não vejo as atualizações mensais voltando nem no curto nem no médio prazo, pois pouco se aprendia e muito se trollava, portanto não esperem nada além do que existe hoje.
4) Você havia citado em um de seus posts que é bem dependente de sua colocação profissional atual, de forma que caso a empresa em que trabalha vá a falência, você demoraria um tempo para se recolocar. Nesses tempos de baixa remuneração nos investimentos e caso seu emprego deixe de existir você cogitaria empreender ou tentaria se recolocar?
Sem dúvida empreender, a recolocação seria extremamente complicada. É um grande fator de ansiedade meu conforme já coloquei no meu blog e de difícil solução senão através de mais e mais aportes.
5) Casamento e filhos em vista?
Sim, eventualmente. Não.
6) Se pudesse voltar atrás, o que teria feito diferente em sua vida financeira?
Diversificado mais desde o início. Talvez eu tenha sido demasiadamente otimista com ações.
7) Se arrepende de não ter feito algo na ânsia por poupar?
Sim, principalmente em 2007 quando eu vivi com algumas privações: fazia contas R$/caloria ingerida (longa vida ao macarrão!), só saía de 15 em 15 dias pra tomar uma cerveja e uma porção de fritas, atrasava ao máximo a manutenção do carro (economia porca, eu sei), até o cabelo eu deixava crescer bastante antes de cortar. Ainda assim poupava o que dava, o que era cerca de R$50,00-R$200,00 por mês. Esses R$1.500,00-R$2.000,00 economizados obviamente me fizeram muita falta na época e, olhando hoje, não acelerou em nada a minha independência financeira.